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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ano Novo


Festa no salão
Sonhos ou ilusão?
Vida cristalina
Derramada em nossas mãos
Venha se aquecer
Desta nova visão
De esperança permanente
Em 2012-ano amistoso
Só haverá frutos
Se pularmos os muros
OH!Novas gerações desbravadoras
Brindemos a aurora
De um novo tempo
Fecundo dentro de nós
Deslumbramento pleno
Vários tons numa só voz!

Luana Barcelos Dantas

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Enquanto havia caminhada


Nasci em qualquer canteiro
Onde as flores bordavam sorrisos
Fui colhida na primavera
Perfumada de aromas
Se me desafinei, foi por amor
Desse que vem à galope
E me debati
Quis um norte
Fui estrela cadente
Iluminei teu caminho
Enquanto havia caminhada
Agora, sou apenas ternura
E solidão da madrugada.



Luana Barcelos Dantas

domingo, 18 de dezembro de 2011

Resgate do Natal


Eu me lembro de arrumar a árvore da Natal com minha avó, dava o nó com a linha e dependurava as bolinhas.Elas eram praticamente contadas para enfeitar a árvore, às vezes, uma delas caia no chão e dava dor no coração.Ficávamos uma semana para procurar um galho legal de árvore ou um pinheiro na beira da estrada...Nós nos preparávamos para aquela festa única no final do ano, em que todos se reuniam para cantar, dançar e se divertir...
Os presentes eram aqueles pedidos e implorados durante o ano inteiro e recebidos com muita alegria.
Hoje, as árvores já são quase montadas, as bolas de plástico, enfeites a perder de vista, tudo muito fácil e prático.Os presentes são qualquer um que não se tem ainda.
Há muitas desavenças nas famílias que comprometem o Natal, todo mundo muito estressado, nervoso, intolerante por causa da vida corrida e exigente.
Penso que devemos nos voltar para nós mesmos neste Natal, resgatarmos essa alegria interior, partilhar, compartilhar, pois, às vezes, uma só pessoa pode contagiar o ambiente e celebrar essa data com entusiasmo e amor.
Feliz Natal aos meus seguidores e um 2012 com muitas realizações!



Luana Barcelos Dantas

domingo, 4 de dezembro de 2011

PAIXÃO LIBERTA


Foi tudo muito intenso.
Desatinado e desencontrado.
A libido a flor da pele.
Embriagues.
Pó branco do êxtase.
Ânsia de um gozo iminente.
Arrepio!

A mente delirou transtornada.
Depois , distância.
Só mais uma vez para nunca mais...

Um temor atrás da porta.
Escondido-sem notícias.
Tanta paixão poderia sufocar o amor.
Abafar as letras bordadas.
Frases bem empregadas
De um sentimento profundo.
Amordaçar as carícias requintadas.
Sutilezas da alma...

O amor decidiu se mudar.
Intenção de se preservar incólume.
Vive a dar bom dia aos pássaros.
Insiste a se despedir diariamente do sol.
Colore as asas das borboletas.

A paixão se trancou no sótão.
No fundo do alçapão.
Está lá como um vulcão ativo,
Querendo virar erupção.

Mas o amor já não se importa
Em morrer pela paixão.
A vida só abre as portas
A quem entrega o coração!


Luana Barcelos Dantas

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Paradoxo


Sou margem, rio, alma.
Sou corpo, fala, silêncio profundo.
Fundo, abismo, escuridão.
Paisagem , ornamento, claridade, imensidão.
O contraste perfeito de mim mesma.
Quero ser larva de uma borboleta.
Bruxa virando princesa.
O universo de um planeta.
Ser lua e sol.
Alegria de uma tristeza.
Avareza de uma virtude.
O vazio de uma completude.
A matéria das cinzas.
Vida da morte.
Eternidade de uma finitude.
A dúvida de uma certeza.
A pequenez de uma grandeza.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sombra

Cálida brisa passageira.
Cheiro de jasmim.
Ei de provar deste vinho envelhecido,
Festejarei este pulsar,
Este instante temperado de sal.
Doce derretendo na boca.
Quero apreciar a vida em cada pedaço,
Em cada mordida.
Já ardi de desejos.
Fui do inferno ao céu.
Agora, pouso em qualquer galho.
Deixo me levar por qualquer vento.
Quero boiar serena nas águas revoltas.
Ficarei acesa em meio ao breu do amor.
Nada mais me prende ou impede.
Fostes uma sombra.
Esperei anoitecer para te ver.
E ,na escuridão,não te enxerguei.
Temos o ouro do amor e não douramos.
Temos o brilhante do afeto e não iluminamos.
Nosso caminho é solitário.
Eu morro por amor.
E, tu morres por amar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Noutro tempo


Vivi em outras eras.
Sonhei distante.
Ergui grandes pilares,
Catedrais dentro de mim.
Rezei noutras línguas.
Em toda sabedoria,
Encontrei o meu Deus.
Precisei destruída pelo ódio
Vencida pelo amor,
Reconstruídos pela fé!

Luana Barcelos Dantas

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Prova


Sei que várias vezes te frustrei,
Esperavas um agir diferente,
E se depara com minha racionalidade.
Ás vezes, preciso embalar sentimentos.
Sorrir debaixo d’água.
Então, tu me vês tão lógica
A desenhar a premissa maior.
Diga-me o critério utilizado
Para saber se te amo?
Qual a pontuação devo adquirir
Para te ter encontro.
Há uma tabela, uma planilha?
Uma fórmula exata para desvendar o amor?
Rabiscastes- me de caneta vermelha.
Nunca fecho tua prova.
E, agora, sabes que serei má aluna.
Retoma teus conceitos,
Torna te a me ouvir,
Pensas qual método seguir.
Talvez , fiques perdido,
Sem saber a nota mínima para te entregar.
Se crescestes comigo,porém,
Não me avalie,
Estende-me, apenas, tuas mãos.
A minha intenção verdadeira
É abrir teu coração!



Luana Barcelos Dantas

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fim da estrada

Segui uma visão da minha cabeça.
Era um ser brilhante, terno.
Cai, levantei e me debati
A procura daquela imagem.
Passei pelo inferno almejando o céu.
Sonhei muitos anos com aquele ser-
O aconchego das suas mãos,
A segurança dos seus pés.
Por ele, eu me doei até doer.
Uma felicidade eufórica da espera.
Um encantamento de alma.
Construí maravilhas em nome do amor.
Finalmente, chego ao final da estrada.
Não encontro aquele semblante.
Encontro o meu próprio.
Eu me encontro.
E, hoje, olho para traz e vejo:
Minha alegria sempre se transformava em angústia.
Agora, minha angústia se transformou em paz.


Luana Barcelos Dantas

domingo, 9 de outubro de 2011

Contentamento


Cálida brisa passageira.
Suspiros redobrados ao contemplá-lo.
O som nos meus ouvidos
Do silêncio das tuas mãos
A pousar nos meus ombros.
Meu olhar surpreso
Imagina-te a me chamar:
-Vem.
O teu olhar é convidativo.
E, repentinamente, coloco-me a bailar
Naquele dia de festa.
Finalmente, chegara o momento.
Esperado tempo das luzes se ascenderem
Meu sorriso descongestiona os movimentos.
Eu me ponho a repousar no teu colo.
E me abrigar entre teus braços.
Haverá o encontro de dois olhares,
Tocando na mesma orquestra.
A sintonia rara da reciprocidade do amor.
Saberemos ser dois em um.
Estrelas enfeitando a noite escura.
Reflexo do firmamento.
Vida em pleno gozo e contentamento!



Luana Barcelos Dantas

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Presente


Quero brincar de amarelinha.
Jogar queimada na rua.
Vender meu jornalzinho mimiografado.
Fazer muita festa.
Quero andar de mobilete,
Namorar escondido.
Receber cartãozinho,
Cartas de longe com letra escrita.
Saudade de ler Machado de Assis,
Poemas de Vicente de Carvalho.
Saudades de chorar,
Ouvindo “Se tu não estás” do Menudos,
Saudade do Ursinho Pimpão,
Super fantástico do Balão Mágico,
Cantar você e eu e eu e você.
Saudade do aniversário da bate palminha,
Meu antigo quarto.
Saudades da coleção de papéis de cartas,
Meu relógio com sete pulseiras.
Saudade daquelas férias na praia.
Saudades dos jogos da verdade,
O beijo contrariado.
Saudades da cabaninha de bambu,
Brincar de casinha.
Saudades da merendeira e da borracha cheirosa.
AH!Vontade de pensar menos no futuro.
Lembrar menos o passado.
Viver mais o agora!

Luana Barcelos Dantas

sábado, 1 de outubro de 2011

E é de improviso noite

.

Cada um está só no coração da terra
transpassado por um raio de sol:
e é de improviso noite.(Salvatore Quasimodo)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Completude


COMPLETUDE

Sempre te acordarei,
Quando estiveres adormecido.
E te farei adormecer,
Quando estiveres acordado.
Para te completar,
Para te preencher,
Para que conheças o teu inverso.
Serei teu espelho,
Nas noites cristalinas de luz,
Serei o que te consola,
O que te alegra,
O que te faz chover,
Para florir.
Busco ornamentar teus dias,
Com minhas fantasias,
Meus sonhos,
Minha poesia,
Para um dia te sentir inteiro.


Luana Barcelos

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Declamação de Poema



A ENTREGA

Nasce a aurora dos nossos tempos,
Como rebentos, ganham luz.
Cada instante é um recomeço.
Sei seguir passageira,
Cada praia do nosso amor,
Quero ser marinheira
De cada espaço teu.
Viajar nas tempestades
Dos teus sentimentos fortes,
Navegar nos teus carinhos.
Quero segurar o leme
Do teu anseio mais íntimo.
No convés do meu ser,
Posso ter um lado obscuro,
Mas é na frente a direção do navio.
E se teu amor é o oceano,
Sem oxigênio,
Nele, eu mergulho.
.

LUANA BARCELOS

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Conhecimento


Agora sabes do meu íntimo mais velado,
Da minha fragilidade escondida.
Minha dependência camuflada
Desse abraço teu.

Agora sabes a razão de eu amanhecer,
Antes mesmo da noite chegar.
Sabes dos meus motivos,
De eu sempre colher flores.
E não deixar a vela se apagar.

Agora sabes ser só, em ti,
A minha caminhada.
Tuas mãos são a minha pegada.
Teu a amor, a minha morada.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Paraíso escondido


Uma sensação estranha,
Ancorada nessa sua ternura de agora.
Suspiro ,finalmente,
Entrelaçando minhas mãos nas suas.
Esse tempo distante de ti,
Lutei sozinha.
Na maioria das vezes,
Atrás, nos bastidores.
Mas validei muitas batalhas.
Muitas contestações foram feitas,
Recursos e embargos.
Contestei a exploração e a mentira.
Recorri ao direito de tudo transformar.
Embarguei os que me subestimaram.
Encontrei um outro tempo:
Esperar pelos frutos.
Tu já colhes os teus.
Eu também te vi , ao longe,
Combater destemido.
Agora, vamos deitar na relva,
Juntar nossos sorrisos,
Debruçar sobre o ombro um do outro.
Ser a delicadeza que ninguém foi.
Soltar o balão dos nossos sonhos.
Viajar no amanhã,
Ser a sentinela mais presente deste amor,
Que nada mais o amasse,
Quebre ou estrague.
Restaurá-lo foi trabalhoso.
Sejamos zelosos agora:
Preservemos dentro de nós este paraíso,
Construído, à duras penas,
Dentro de nós!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Na estação


Na estação


Um dia, eu o senti partir de mim.
Quis morrer.
Percorri desertos.
Meu vazio jorrava sangue.
Eu me perdi.
Por um milagre,
Uma luz se ascendeu,
E voltei a orar.
Pedi a Deus um assento ao seu lado.
E me confortei.
Segui em frente sem direção,
Fui me reinventando,
Tentando outras formas de ser,
Até tornar a revê-lo.
Repentinamente, tudo se refez.
Agora, fico aqui,
Assentada na estação,
Sem saber o horário da sua chegada.
Mas o trem há de apontar no horizonte.
Meus olhos brilharão,
Você colocará os pés no chão,
Meu sorriso ficará escancarado,
Meus braços se abrirão.
E, talvez, uma lágrima caia tonta.
O apertarei até sufocá-lo.
E o verei novamente
Habitar em mim.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Poesia/ Metade


Desde do dia da minha loucura
Fiquei um tanto ambígua,
Meio incógnita,
Indecifrável,
Metafórica.
Encontrei outra identidade dentro de mim.
Inacessível às pessoas de bem.
Falava a língua dos anjos
Ou do diabo,
Dependendo da interpretação.
Depois, fiz uma fusão dos meus dois “eus”
Agora, tento me descodificar.
Encontrar lógica,
Fórmulas a solucionar
Quem é quem de mim,
Mas sinto falta de um pitada de insanidade.
De não saber ser absoluta.
O amor me exige um toque de bom senso.
Fico ,então, tentando me scaniar.
Ver se me encontro inteira.
E me vejo em duas partes:
Metade razão,
Metade delírio.
E assim sigo a reta exata
De um caminho sem chão.
Admiro o brilho do luar,
Quando ainda é dia,
Entrego–me a um grande amor
Sem garantias!

Luana Barcelos Dantas

sábado, 20 de agosto de 2011

Poesia/A espera


A ESPERA

Vagarosas horas,
Translúcidos pensamentos.
Alma itinerante sempre a buscar.
Sou filha das fortes ondas
Que se quebram no ar
Levanto-me novamente,
Retomo-me.
Sigo o mesmo ciclo.
Bravura do mar,
Viro mansidão do oceano.
Sou toque de uma corneta,
E a doçura do violino.
A imaginação me ocupa vasto espaço.
Meu mundo se resume em sorrisos.
Poucas amizades e bons livros.
Sou vacinada contra hipocrisia.
Sou malcriada se me tocam a ferida.
Abençôo o traidor.
Somos todos Judas de nós mesmos.
Matamos genuínas intenções.
Mutilamos nossa crença no amanhã.
Como cinzas jogadas ao vento,
Formamos humos na terra.
Renascemos, ainda,
Infiltrados por um tímida esperança.
O amor nos engrandece
A impotência nos diminui.
Só podemos controlar nosso pensar.
E deste, por vezes, perdemos o controle.
Esperar é acreditar numa hipótese.
E se ela me doura os olhos,
Mata minha sede e colori os meus dias,
Eu me assento na cadeira de balanço.
Espero, então, pelo que eu não sei se virá.
Talvez, venha quando eu já não esperar.


Luana Barcelos

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Poesia/Atitude.


ATITUDE

Apavora-me ter teu sorriso a minha sombra.
Tua língua escondida no canto da boca.
E tuas mãos cruzadas sem segurar nas minhas.

Apavora-me este teu receio
De não se deixar ocupar pelo brilho
Dos meus olhos ao te encontrar.

Somos encruzilhada de nós mesmos,
Perdidos na mesma direção.
Venha...
Se queres florir,
Sejas primavera.
Mudemos a estação!

Luana Barcelos

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Poesia/Purpurinas de Certezas


Purpurinas de Certezas.

Jogo pérolas pelo caminho,
Quem sabe meu amado me siga,
Fique rico ao me encontrar,
Vou inventando formas,
Sentidos, cores para festejar
Essa vida sem urgências,
Sem surpresas,
Nem expectativas demasiadas.
Vou seguindo nesta trilha.
De quem não está,
Estando.
E mesmo em prantos,
Sai a velejar,
Meu lema é não me perder de mim,
Bom mesmo é ganhar certezas,
Distribuí-las como confetes
E purpurinas em carnaval.
Viver é estar sempre se perguntando.
E, o amor, embora não tenha respostas.
Ele tem toda certeza!


Luana Barcelos

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Poesia/ (de)Cadente


(de)CADENTE

Nasci em qualquer canteiro,
Onde as flores bordavam sorrisos
Fui colhida na primavera.
Perfumada de aromas.
Se me desafinei, foi por amor
Desses que vem a galope.
E me debati,
Quis um norte.
Fui estrela cadente.
Iluminei teu caminho
Enquanto havia caminhada.
Agora, sou apenas ternura.
E solidão da madrugada.

Luana Barcelos

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Poesia/O encontro


O ENCONTRO


Sabes ser como tu és.
Uma rigidez feita de luz, cores e som.
Eu não vou deixar para trás essa vontade insana
De te esperar se adentrar em mim.
Quando pulas, pulas de cabeça.
Eu bem sei.
E temes se chocar com o fundo,
Voltar tonto e quase desmaiado.
Tentei te decifrar esses anos todos
Intenção minha de querer te amar melhor.
Desbravando- te,eu já me feri.
Hoje,restou-me uma bela flor.
Com ela, a minha alma eu enfeitei.
Afinal, foi no mais profundo do teu ser
Que eu me encontrei.

Luana Barcelos

sábado, 6 de agosto de 2011

Poesia/Interrogações


Interrogações.


Hoje, guardei um amargor na garganta.
Eu o sinto melindroso,
Sensível às minhas palavras,
As linhas do tempo retornaram
Como flashes.
Não há culpados.
Nós nos construímos como somos.
Quero ver a relva beijando seu lábios,
A brisa acariciando seu rosto,
E o mar massageando seus pés.
Não sabe o quão é dolorido
Eu não poder fazê-lo.
Então, duvida se o amo
Por eu tocar no passado?
E tentar interpretá-lo a mil maneiras?
Ainda não me conhece?
Preciso questionar tudo e sempre.
Não vou engolindo a vida pela vida a fora.
Preciso mastigar para deglutir.
Nunca me arrependi de tê-lo escolhido.
Você é meu cais,
Meu porto.
E meu maior abrigo!

Luana Barcelos

Poesia Infantil/ Borboleta e a Flor


Borboleta e a Flor


De todas as flores,
Havia uma diferente
Que esperava os louvores
Bem feliz e sorridente
Da borboleta colorida
Que achava esquisita
Essa tal de margarida
De esperança infinita.


A borboleta para longe voou
Foi visitar outros lugares.
Da flor, não ouviu o clamor,
Não acreditava em milagres.
Mas, num belo dia ,
Ela resolveu retornar ao antigo jardim,
Ver se ainda havia vida.
"Eis que chegou o fim
Da flor esquecida”.
Lamentou, sinceramente, o Jasmim.


Ao tomar conhecimento,
A borboleta de olhar tristonho
Perdia toda emoção.
Achava o vale medonho.
Não lembrava a própria canção.

Eis que durante a aurora,
Brotava, de repente, uma flor
De miolo amarelo,
Por ela, o sol se enamora
Transmitindo calor
Pelos espelhos do castelo.

A margarida renasceu!
E,com olhar brilhante,
A borboleta se percebeu
Mudar de cor, num momento.
E verde se tornou o firmamento.

Luana Barcelos

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Poesia/Sentir complexo



Sentir complexo.



Se escorregar,
Segure minha mão.
Nada será menor,
Nada irá desabar,
Se seus olhos me vêem.

Nossa secreta sintonia
Retumba nos nossos ouvidos.
Fantasmas de nós
Se reencarnando numa mesma vida
Rodeada de crisântemos
E certezas.

Temos a força necessária
Para ampliar a visão.
Ser aprendizes do sentir mais complexo.
E o revelar mais profundo!

Luana Barcelos

domingo, 31 de julho de 2011

Poesia/Aconchego


ACONCHEGO.

As tardes chegam trôpegas ,
Sinto falta do perfume dos teus dias.
Tua presença se desdobrando em mil.
Quero me acasalar no teu calor.
Fazer uma moldura dos nossos encontros.
Tê-los perpétuos em minha mente.
Não sei dançar, sem te dar as mãos.
Não sei te amar, sem alcançar a lua.
Não sei ser tua, sem ser estrela.
Não sei quantos passos ainda me faltam.
Para ser toda aconchego.
Mas vislumbro a idéia de que tudo tem seu meio.
Tem seu jeito de se acertar.
E ser verdadeiro!


Luana Barcelos

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Poesia/Meu lar


MEU LAR

Vai valer à pena,
Há de valer à pena.
O verde abrindo nossos olhos,
O sol dourando nossas mentes.
O céu, caminho dos nossos sonhos.

Vai valer à pena,
O mar se abrindo no nosso horizonte.
A fonte derramando nossas lágrimas.
E o dia despertando a noite.

Sim, há de valer a pena,
Quando nossos valores se tornarem um,
Quando nossos rancores destilarem em perdão.
Quando dois amores souberem ser sãos.

Valerá à pena,
Quando a confiança for nossa aliada.
Quando todos os receios adormecerem em nós.
Quando não houver mais jeito de sermos sós.

Valerá à pena,
Quando nossa força despontar.
Na esperança, formos morar.
E tu te tornares o meu lar!

Luana Barcelos

Poesia/Jardimeiro



JARDINEIRO.


Ele me convida para dançar.
Escreve palavras luzindo.
Inventa um novo refrão,
Quer me ver sorrindo.
Gosta de eu estar presente,
Sem eu me perder de mim.
Em uma criação frequente
Fico a florir.


Ele é meu jardineiro.
Sempre me rega,
Poda-me na exata medida
Em que fico mais bela!
Ele replanta, se me falho.
E retira minhas desilusões,
Quer me dar esperança.
E me conservar em todas as estações.

domingo, 24 de julho de 2011

Poesia/Serenata


SERENATA.




Um dia fiz serenata para meu amado.
A janela permaneceu fechada.
E o coração com cadeado.


Eu me assentei no bar da esquina.
Bebi grande dose de pinga.
Senti entorpecida.


Mas a aurora chega mansa.
Anestesia minha ânsia
Do agora.


Ouço uma melodia...
Sombras de um passado.
Minha agonia.


Emociono-me com bailar dos pássaros...
Revoando o firmamento.
Simples acordes do pensamento!


Meu amor não acabou.
Está, apenas, adormecido....
Embalado por um sorriso.


Dormirei até que me despertem...
De um sonho profundo de mim mesma.
E, finalmente, a esperança me perceba!

Luana Barcelos

Poesia/Sonho de amor.


SONHO DE AMOR


Cheguei mais cedo
Não havia ninguém
Esperei com bocado de medo.
A presença do meu bem.


Assentei-me não tão perto.
Medo de ser sua refém.
O amor estava descoberto.
Não havia, no olhar, um desdém.


Deixei-me conduzir...
Pela aula do amor.
Não havia como fugir.
Do meu pregador.


Ai, o amor me tira do solo.
Abre-me o horizonte.
O amor é meu colo.
Revigora cada instante.


O tempo passa acanhado.
Para ver se o amor o acompanha.
Mas o amor quer ficar paralisado.
No passado, na idéia e no sonho!

Luana Barcelos

sábado, 23 de julho de 2011

Poesia/Ignorância.


Ignorância


Tantas vezes, senti o calor do sol,
Ignorava que minha pele era queimada.
Tantas vezes, eu vi a claridade da lua,
Ignorava que a insônia me perturbava.
Tantos dias eu ouvi o sabiá cantar
Sem saber que sua intenção
Era me ver acordar.

Luana Barcelos

Poesia/A moça da Mega Sena


A moça da Mega Sena


A moça da Mega Sena.
Repete mil vezes sem problema.
A moça da Mega Sena é cega.
E enxerga as coisas da vida.

A moça da Mega Sena é muito pobre.
Será que alguém a socorre?
A moça da Mega Sena não desiste.
Esforça por sua grana.
Encara um palpite.

A moça da Mega Sena é gente humilde.
Para a moça da Mega Sena,
A sorte é um convite.

Luana Barcelos

Poesia/Meu bem, meu mal.


MEU BEM , MEU MAU


Foi me deixado de lembrança
O arrancar das pétalas da margarida.
Minha mãe sempre dizia:
Assim, saberás se és querida.

Neste mágico despedaçar.
Eu sempre ficava triste.
A brincadeira de amar
Terminava, sempre, num mau convite.


Logo, desacreditei nessas coisas de criança.
E fiz do amor um treinamento,
Como se aprende uma dança,
Que só dura por um momento.


Mas, hoje, ganhei do moço do mercado
Flores de margaridas plantadas no vaso.
Senti que o mau já não me amedronta.
É no broto que se esconde a esperança!

Luana Barcelos

Poesia/Nova Promessa


NOVA PROMESSA.


Já se faz tarde.
O sol desaparece no horizonte
Leva consigo o peso do meio dia
E, do pensar..
A inquieta energia.


Já se faz tarde
O sol se esconde
Leva consigo o suor do rosto
E, do olhar...
A insegurança do moço


A lua flutuante, no espaço,
Imprescindível.
Clareia a escuridão
Da emoção de sentir.


A lua compõe com o poente, um compasso.
Compatível.
Ilumina a indecisão...
De ser dono de si.


Dia e noite
A vida é esta:
Instinto da mocidade
Em realizar os anseios
De uma nova promessa!

Luana Barcelos

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Poesia/Onde Ficar




Onde Ficar.

Ouvi o canto do rouxinol.
Eu adormecia sonhando,
No meio do milharal.


Meu corpo se espreguiçava.
As nuvens iam se abrindo,
Agora, eu acordava.


Ah!Como eu era preguiçosa!
Olhava a jabuticabeira,
Que também era dengosa.


Na roça, o tempo era esquecido.
Não havia ânsia de viver,
Nem existia perigo.


Ai... que viajo só no pensamento.
Cá fora, tenho trabalhos a fazer;
É precioso cada momento.


Eu não sei onde ficar.
Minha mente é dividida
Entre os prédios da cidade e o luar.


Vou para mato admirar o colibri.
Abastecer-me do verde.
E me fazer mais feliz!

Luana Barcelos

Poesia/Amo-me

Amo-me.




É Ela:cravo e canela,
Minha adorada,
Como pode ser tão bela?

Na escuridão, eu te enxerguei.
Lúcida, semente de emoção.
Foi na primavera
Que senti teu coração.


AH!Ela, um olhar dourado
Como o mundo sem ti,
Pode estar remediado?

Musa do amor,
Anseias os sonhos de Afrodite.
És cheia de pudor.


Delicadeza das flores.
Por Deus, abençoada.
Aquarela de mil amores.
Com arco-íris, coroada!

Luana Barcelos

quarta-feira, 20 de julho de 2011

4-Pensamento

Enxergar com os olhos não exige esforço algum, mas para se enxergar com a mente é necessária muita vontade.

3-Pensamento

O empirismo deve se unir a razão-prática e teoria-e compor uma só fórmula.A razão, na prática, demostra sua fragilidade.Entretanto, a experiência trará novos questionamentos para a teoria.

2-Pensamento

Liberdade é um processo de esforço contínuo pelo auto conhecimento

1-Pensamento

Somos expectadores um do outro, mas a vida sempre permite um tempo de atuarmos juntos!

DIREITOS AUTORAIS

Queridos seguidores, todas as publicações contidas neste blog são encaminhadas para registro, assegurando os direitos autorais da autora.
Diga não ao plágio!