Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Completude


COMPLETUDE

Sempre te acordarei,
Quando estiveres adormecido.
E te farei adormecer,
Quando estiveres acordado.
Para te completar,
Para te preencher,
Para que conheças o teu inverso.
Serei teu espelho,
Nas noites cristalinas de luz,
Serei o que te consola,
O que te alegra,
O que te faz chover,
Para florir.
Busco ornamentar teus dias,
Com minhas fantasias,
Meus sonhos,
Minha poesia,
Para um dia te sentir inteiro.


Luana Barcelos

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Declamação de Poema



A ENTREGA

Nasce a aurora dos nossos tempos,
Como rebentos, ganham luz.
Cada instante é um recomeço.
Sei seguir passageira,
Cada praia do nosso amor,
Quero ser marinheira
De cada espaço teu.
Viajar nas tempestades
Dos teus sentimentos fortes,
Navegar nos teus carinhos.
Quero segurar o leme
Do teu anseio mais íntimo.
No convés do meu ser,
Posso ter um lado obscuro,
Mas é na frente a direção do navio.
E se teu amor é o oceano,
Sem oxigênio,
Nele, eu mergulho.
.

LUANA BARCELOS

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Conhecimento


Agora sabes do meu íntimo mais velado,
Da minha fragilidade escondida.
Minha dependência camuflada
Desse abraço teu.

Agora sabes a razão de eu amanhecer,
Antes mesmo da noite chegar.
Sabes dos meus motivos,
De eu sempre colher flores.
E não deixar a vela se apagar.

Agora sabes ser só, em ti,
A minha caminhada.
Tuas mãos são a minha pegada.
Teu a amor, a minha morada.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Paraíso escondido


Uma sensação estranha,
Ancorada nessa sua ternura de agora.
Suspiro ,finalmente,
Entrelaçando minhas mãos nas suas.
Esse tempo distante de ti,
Lutei sozinha.
Na maioria das vezes,
Atrás, nos bastidores.
Mas validei muitas batalhas.
Muitas contestações foram feitas,
Recursos e embargos.
Contestei a exploração e a mentira.
Recorri ao direito de tudo transformar.
Embarguei os que me subestimaram.
Encontrei um outro tempo:
Esperar pelos frutos.
Tu já colhes os teus.
Eu também te vi , ao longe,
Combater destemido.
Agora, vamos deitar na relva,
Juntar nossos sorrisos,
Debruçar sobre o ombro um do outro.
Ser a delicadeza que ninguém foi.
Soltar o balão dos nossos sonhos.
Viajar no amanhã,
Ser a sentinela mais presente deste amor,
Que nada mais o amasse,
Quebre ou estrague.
Restaurá-lo foi trabalhoso.
Sejamos zelosos agora:
Preservemos dentro de nós este paraíso,
Construído, à duras penas,
Dentro de nós!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Na estação


Na estação


Um dia, eu o senti partir de mim.
Quis morrer.
Percorri desertos.
Meu vazio jorrava sangue.
Eu me perdi.
Por um milagre,
Uma luz se ascendeu,
E voltei a orar.
Pedi a Deus um assento ao seu lado.
E me confortei.
Segui em frente sem direção,
Fui me reinventando,
Tentando outras formas de ser,
Até tornar a revê-lo.
Repentinamente, tudo se refez.
Agora, fico aqui,
Assentada na estação,
Sem saber o horário da sua chegada.
Mas o trem há de apontar no horizonte.
Meus olhos brilharão,
Você colocará os pés no chão,
Meu sorriso ficará escancarado,
Meus braços se abrirão.
E, talvez, uma lágrima caia tonta.
O apertarei até sufocá-lo.
E o verei novamente
Habitar em mim.