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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Simplicidade


Quero saborear a vida com o pedaço de uma maça
Eternizar meu dia com uma pitada de luz
Colorir um arco e me derramar na tinta fresca
Quero borbulhar como as ondas no mar
Fazer um coração nas areias da praia
Ver o milagre e a grandeza de um ninho de passarinho
A lagarta se transformar numa singela borboleta
A simplicidade me atrai
Faz minha alma contemplar
Posso não sentir o seu sorriso
Mas conheço a vibração da natureza
O vento nas folhas verdes
Posso não ter o seu olhar
Mas vejo as nuvens se dispersando
E formando outras pinturas
No céu do meu ser
Posso não ter seu abraço sincero
Mas tenho essas horas de paz
Esse contato comigo mesma
Esse dedo de Deus nas minhas bochechas
Sou frágil sim, quero colo
Mas além de tudo, quero enxergar.
Quero me ver inserida na realidade
Quero ter força para sobreviver
A tudo que me rejeita
A tudo que não aquece
A tudo que não alimenta
Ter a visão de uma águia
Sobrevoando o horizonte
E, no horizonte, admirar a alvorada


Luana Barcelos Dantas

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Realidade


Lampejos de sonhos
No suave frescor da manhã
Céu claro indica dia bom
Ausência de qualquer ilusão
A realidade inunda o meu ser
Hoje, sou água calma do rio manso
Nascente límpida da fonte
Sou céu avermelhando de luz
Nasço nas asas de um bem-te-vi
Encontro a sonoridade no canto do colibri
Hoje, sou a força da fera
O abraço de um urso
A paz da névoa
Imensidão
Saio da minha própria imagem
E me vejo alada de mim
De todos os nãos de ontem
Permaneço, SIM.


Luana Barcelos Dantas