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sábado, 29 de dezembro de 2012
As flores
As flores, aroma dos amores
Despetalam em vida
Crisantêmos,rosas ,margaridas
São delas o destino da aurora
Exalam perfume na brisa sonora
As flores, deleite dos amores
Formam tapetes pela calçada
Sem queixas e sem rancores
Vão perfumando a madrugada
As flores, desenho dos amores
Cada qual mais delicada
São como corações aventureiros
Suplicando mais uma flertada!
Luana Barcelos Dantas
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
VIDA
Vida, vida, vida
Brota da pele, cintila
Sai pelo ventre
Embriaga
Vida, vida, vida
Misteriosamente, dança na ponta dos pés
Pulsa sangrando o coração
Vida, morte, vida
Foi-se, jaz, sentida
A eternidade não finda
Vida, o som dos teclados
O choro sentido do violino
São vozes entretidas
AH!Vida, brota das pedras
Ganha amplitude
Renova os anseios
Rompe cadeias
Destrói grilhões
Liberta, livre,
suave
Entre as folhas verdes dos sertões.
Luana Barcelos Dantas
domingo, 25 de novembro de 2012
Um ninho
Todo meu ser está afogado no cansaço
Sempre tive que arar as emoções
Pulverizar sentimentos
Impedir que se alastrasse o pior de mim
O sol amigo das manhãs
Já tarde me tira as energias
Todos ao meu redor se aportaram em mim
E, tantas vezes, não tive âncora
Naveguei a ermo procurando direção
Algumas vezes, eu me assentei no passeio
Com as roupas amarrotadas e pensei:
Tudo perdido.
Outras lutas, obtive certo êxito
Algumas outras a
espera angustiante de solução
Queria ser cercada de pessoas obedientes.
Mas pessoas obedientes devem pensar como nós.
Do contrário, tira-nos o tapete
Ainda mais quando o valor maior é o dinheiro
Afeto é coisa descartável
O que prepondera é máscara de felicidade
Sem ela, o receito de não sermos amados
Sei de todo desprezo
E isso já não é incomodo e nem virou novidade
Cristo também não foi querido por todos
Já não deliro há muito tempo
Nem tenho sonhos
Muito menos ilusões
Cumpro minhas obrigações
Meu coração deve ter se tornado pedra
Deve ser a idade
Os velhos perdem o encanto e o brilho
Não saberei mais furar bolinhas de sabão
Nem me contentarei em andar de pedalinho
Um passo de dança não tem mais sentido
Cansei de voar
Só quero mesmo um ninho, nada mais.
Luana Barcelos Dantas
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Pluma do amor
Hoje acordei para te abraçar
E me deixar esparramada na cama
Um café quente pela manhã
Mais um beijo de vapor
E me entregar mais uma vez
Sem tirar o hálito da boca
Nem pentear os cabelos
Quero-te inteiro
Essas noites são eternas
Uma estrela no teu olhar
Mãos que querem se encontrar
Depois de tanto conflito
Isto é o que vale
Depois de tanto atrito
A cura dos males
Um amor romântico
Talvez, por um dia
Instala-se para a vida toda
Quem saberá?
Só quero sentir mais um instante
Esta segurança dos teus ombros
Este calor da tua boca
Só assim um suspiro perdura!
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Co-migo
Nesses dias de porém,
Quando a alma abriga aquela doçura
E a gente sente falta da ternura
Que a vida nos concede
Vaga infinita
Alma aflita de conflitos
É que só em meio a dúvidas
Sou resposta
Só em meio a turbulência
Crio asas
Só em meio a correnteza
Tenho força
Só depois que me precipito
Volto chuva e penetro
Só perdida
Viro abrigo
Só depois da partida
Sou começo
Só nas trevas
Encontro minha luz
Só no deserto
Conheço o verdadeiro amor
Só me liberto
Nas mãos de Deus-criador!
Luana Barcelos Dantas
domingo, 14 de outubro de 2012
Uma faísca
Neste recanto manso
Minha alma dorme
Um fonte a se acalmar na
lagoa
Rio a desaguar no mar.
Neste sereno, solto,
Da madrugada, sonho
Neste seio, mãe Terra
Vaga infinita claridade
acesa
Que se cumpra a missão das
tempestades
Dos vulcões que se
precipitam
Que explodam os canhões
As bombas e dinamites a
derramar sangue
E que tudo perece por um
instante
A morte tardia ou breve da
jovem
A fome e o deserto calando
com noite
Pois a chama da vela ainda
que, apenas, faísca
Há de eternizar a vida de
quem ama!
[
Luana Barcelos Dantas
domingo, 23 de setembro de 2012
Luz
Celeste céu azul se abre
Noite dormita viva
Sonho com as aves da campina
Vejo um anjo subindo na claridade infinita
Talvez, seja mais uma alma dourada
Pessoa que viveu seus ideais
Coerente com os planos divinos
Talvez, seja mais uma alma embebida
Da mais pura intenção da verdade
A voar ao encontro com a luz
Somos apenas energia
Neste chão de concreto
Somos apenas pensamento
Nesta Terra deserta
Mas, um dia ganhei um beijo
Um beijo em meio a dor
Espontâneo beijo quente
Por um beijo, vale minha sina.
Por um beijo, vale o amor!
Luana Barcelos Dantas
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Conceito de amor
Amor é sentimento gratuito; generoso.
É vontade de sentir prazer com o prazer alheio
É se tornar fecundo com o frutificar do outro
Para amar, precisa perder o ego
Para encontrá-lo no outro
Amar é dar coragem a quem se acovarda
É dar o pão a quem tem fome
É dar calor a quem tem frio
É caminhar com o cego
É ser o apoio de quem não anda
Amar é fazer carinho no coração
Saber que é desafio entrar no mundo do outro
Saber que é crescimento uma relação frustrada
Amor é ter a sua exata dimensão
Para entrar em fronteira descoberta
Amor é sentir vivo na vida
É saudar o dia e repousar na noite
Amar é desesperar-se pela segurança
Amar-se e amor alheio é balança
Um dia pende o olhar para sua própria direção
Outro dia se perde no outro
O amor é prisão que liberta.
É flor exalando
perfume
Mesmo nos dias de dor
Mesmo nas tempestades
O amor é vitorioso.
Luana Barcelos Dantas
domingo, 29 de julho de 2012
Descobrir-se é demorado(Priscila Rôde)
Escrevo para completar a alma
Sempre ganho um pouco de respostas.
Quero crescer na vida
Realizar meus sonhos
Enaltecer o dia
O céu azul me acompanha
Vejo ao longe a lagoa a refletir o dia
Quero crescer na vida
Virar um amontoado de conclusões
Florescer em cada verso
Absorver, no olhar, cada arco-íris
Quero ser sempre artista
Encantar o público com aplausos
Ver brilhar os olhos de quem me ama
Ver fortalecer o abraço de quem me quer
Quero poder caminhar destemida
Escalar montanhas se necessário
Pisar nas pedras ásperas
E pegar tempestades no final do dia
Quero me fortalecer
Saber sempre me defender
Pois os sorrisos suaves
E o coração leve não são para covardes
São para os que sabem se pertencer!
Luana Barcelos Dantas
sábado, 14 de julho de 2012
Asas do amor
Senti de leve tua alma perfumada
Teu riso maroto,
Tua pausa a te revelar
Tuas mãos suaves sobre as minhas
Pluma a me aliviar dos sobressaltos
Seremos livres como as garças
Construiremos nosso ninho na realidade
Bateremos asas de fé
Colheremos frutos no pomar da aurora
Meu amor, eu não sonho
Apenas, construo na mente castelos de concreto
É que um dia verás totalmente despertada
A tua esperada realeza
E então seremos império
Proibiremos qualquer invasor de entrar
Aí seremos monastério
Para, da nossa pureza, ninguém duvidar!
Luana Barcelos Dantas
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Meu mundo e nada mais
Deixei para trás a bagagem pesada
O caquinhos que não colavam
Deixei para trás o olhar encoberto
O gosto do vinho envelhecido
Troquei de bebida
Atravessei a fronteira
Virei o lado da peneira
Quero um instante de alma nua
De pessoa com a cara exposta
Mente insensata e coração coerente
Não dormi com o acaso
Também fiz acontecer
Hoje, quero as cartas na mesa
Fogueira aquecendo a escuridão da vida
Sol derramando sorrisos
Quero aquele instante de satisfação
De saber que fiz o meu melhor
E colhi justiça
Quero aquele instante de leveza
Quando já não importa a força contrária da correnteza
Mas o destino das águas.
E nesse instante tudo se consola
É que sei sublimar circunstâncias
E me dar mais chances para viver!
Luana Barcelos Dantas
sábado, 30 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
O lúdico e o mortal
Quando era criança e brincava de roda
Quando eu cantarolava cantigas de infância
Quando eu deitava no sol
E minha pele esquentava
Quando eu olhava para as nuvens
Formando dragões
Quando eu olhava as estrelas de binóculos
E identificava o Cruzeiro do Sul
Minha alma era leve
Meu riso era fácil
O tempo roubou minha infância
Descoloriu o meu olhar
Fui procurar em qualquer forma de amor
Um arco-íris para voltar a brilhar
Mas quem não teve o que tive
Não sabe receber
Um gesto, uma flor, um beijo na bochecha
Quem não teve o que tive
Sente-se ameaçado com carinhos
Com dengos, versos e trovas
Só podemos sentir no outro
O que guardamos dentro de nós
Para os meus amigos, dou minha liberdade de ser
Para meus inimigos, a minha ausência
Tenho folhas verdes no meu ventre
Mas aprendi a deixar de ser,
Quando sou inverno
Quando sou deserto
Quando sou enfrentamento
Então agora eu me protejo
Em mim, há um universo
E ele não é fácil de administrar
Tem que ter talento
Tem que saber dançar
Um Rock pesado
Uma canção de ninar
Tem que ter a abertura do aplauso
E ousadia de jamais me enganar
A verdade não se deixa aprisionar
Por isso, toco o berrante
As assombrações passam na frente
Por isso, sou delirante
Ofereço a lucidez de presente!
Luana Barcelos Dantas
sábado, 5 de maio de 2012
Firmamento
Majestoso sol nasce no horizonte
Firmamento renasce luz e estrelas
Ludibrio-me com um copo de água ardente
Reúno caquinhos
Faço brilhar novamente, diamante
A fé é esboço dos nossos sonhos
Ganha asas
Navega em águas turbulentas
Volta mansa com a maré
E, neste espetáculo, o tempo
As fases mudam
O tempo permanece
Ele é só mais uma palavra servindo o dicionário
Somos eternos no processo de prosseguir
Somos átomo, fome, sertão
Somos um em meio a multidão
Somos partido , fogo , bramido
Somos a face oculta do que ainda será
Transcendência, infinitude, eternidade
Vida abundante a imperar!
Luana Barcelos Dantas
domingo, 22 de abril de 2012
Amizade
Inauguro um novo céu
Envolta de pensamentos sãos
Sou cantiga delineando girassóis
Vejo a sombra do que fui
Ouço a melodia que me tornei
Este verso é para tu:
Doce amiga,
Devolvestes-me a mim mesma
Carinhosamente, enxugastes minhas lágrimas
Sensatamente, tratastes minha angústia
Delicadamente, abristes minhas cortinas
Afetuosamente, me fizestes poesia
Afetuosamente, me fizestes poesia
Luana Barcelos Dantas
domingo, 15 de abril de 2012
Uma calma
Já me debati
E me recolhi
Sem avisar
O céu já colori
Cicatrizei minhas feridas
Para te esperar
Longas horas aflitas
Um sonho a realizar
Agora, disponho dessa calma
Desse jeito de me dar
Agora, tudo é deleite
Não deixo o tempo me apertar
Sou filha do vento
Não tenho lamento a me angustiar
Sou filha das águas
Das ondas do mar a borbulhar
Sou leveza da cigarra
Agora, só sei cantar!
Luana Barcelos Dantas
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Caminhando
Andamos tanto
Caminhamos tanto
Buscamos tanto
Choramos tanto
E, repentinamente,
O céu caiu
Com todas as suas estrelas
Fiquei iluminada
Fiquei estonteante
E só quis sorrir
Só quis sorrir para a vida
Para os males
Para as dores
Para todos os infortúnios
Sorrir...
Sorrir basta
Reflorir as matas
Borbulhar o mar
Fortalecer a fonte
Sim, um sorriso basta
Para acariciar a alma
Libertar a calma
E renascer...
Luana Barcelos Dantas
sábado, 24 de março de 2012
AMOR
Amor, tão raro amor
Por que te escondes?
Por que estás onde não estou?
Amor, chave mestra da virtude perfeita
Mescla de paixão e calor
Paixão pela vida
Pelo céu
Pela cor
Amor, profana atitude de ir mais além
Buscar no horizonte a força do bem
Aqui, apenas buscamos
Quem se identifica conosco
Eis que nossa ânsia maior
É de nós mesmos
Buscar nosso outro perdido
Dentro de nós
Somos insatisfeitos com nossa própria incompletude.
Amor, onde andarás?
Apenas na nossa mente
Apenas no altar
O amor perfeito a luz esconde
Está atrás das estrelas
Nos poemas delirantes
O amor idealizado, puro, sagrado
Só milagre
Só um espirro divino
Só eternidade
Luana Barcelos Dantas
sábado, 10 de março de 2012
Ausência
Na ânsia ,ainda te encontro.
Navio aportando
Destino traçado
Sou filha das ondas
Murmuro na praia
Teu nome ao vento
Sou filha do raio
Da lua, alento.
Sou terra tremendo
Angústia da sombra
Sou luz penetrante
Som que embala
Mas, hoje, não serei
Rosa delicada
Hoje, eu sou trovoada
Sou tigresa, lobo, escorpião.
Hoje, eu nada cultivo
Sou erupção
Não me bastam falsos afetos
Quero o sossego de ser só sertão.
Luana Barcelos Dantas
terça-feira, 6 de março de 2012
Plenitude
A maioria sobrevive à vida...vive da rotina, precisamos ser mais do que nossas ações e sentimentos, precisamos ser pensamentos e idéias, pois a reflexão pode mudar sentimentos e as idéias podem concretizar sonhos.
Luana Barcelos Dantas
Luana Barcelos Dantas
domingo, 4 de março de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Simplicidade
Quero saborear a vida com o pedaço de uma maça
Eternizar meu dia com uma pitada de luz
Colorir um arco e me derramar na tinta fresca
Quero borbulhar como as ondas no mar
Fazer um coração nas areias da praia
Ver o milagre e a grandeza de um ninho de passarinho
A lagarta se transformar numa singela borboleta
A simplicidade me atrai
Faz minha alma contemplar
Posso não sentir o seu sorriso
Mas conheço a vibração da natureza
O vento nas folhas verdes
Posso não ter o seu olhar
Mas vejo as nuvens se dispersando
E formando outras pinturas
No céu do meu ser
Posso não ter seu abraço sincero
Mas tenho essas horas de paz
Esse contato comigo mesma
Esse dedo de Deus nas minhas bochechas
Sou frágil sim, quero colo
Mas além de tudo, quero enxergar.
Quero me ver inserida na realidade
Quero ter força para sobreviver
A tudo que me rejeita
A tudo que não aquece
A tudo que não alimenta
Ter a visão de uma águia
Sobrevoando o horizonte
E, no horizonte, admirar a alvorada
Luana Barcelos Dantas
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Realidade
Lampejos de sonhos
No suave frescor da manhã
Céu claro indica dia bom
Ausência de qualquer ilusão
A realidade inunda o meu ser
Hoje, sou água calma do rio manso
Nascente límpida da fonte
Sou céu avermelhando de luz
Nasço nas asas de um bem-te-vi
Encontro a sonoridade no canto do colibri
Hoje, sou a força da fera
O abraço de um urso
A paz da névoa
Imensidão
Saio da minha própria imagem
E me vejo alada de mim
De todos os nãos de ontem
Permaneço, SIM.
Luana Barcelos Dantas
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Eu-descoberta
Caminhei tão distante
Por terras desabitadas
Sonhei grande
Toquei nas nuvens dispersas
Eu me larguei de mim
Abandonei-me em qualquer lugar
E tu me tinhas nas mãos
Devolveste-me, enfim, para mim mesma
Já não sigo mesmo refrão
Construo outra letra
Vivi minha vida a completar a circunferência
Retorno ao ponto de partida
Com a consciência na cabeça
Agora, sei quem sou eu de mim
E o que era só carência.
Luana Barcelos Dantas
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
O melhor
Passei por olhos verdejantes
Escalei as montanhas da vida
Vi o mundo cor de rosa
Fui maltratada pelo desprezo
Caminho superando o abandono
O tempo me curtiu.
Nasci para carregar sonhos nos ombros
Eu me livro da espada
Quero optar pela paz
Sigo com os pés no chão
Um calo no coração.
Agora, nada me impedirá
De dar o calor terno
O sol no meu sorriso
E um amor, por mim, permitido
Aos que me cativam
Aos que me cultivam
E dão, de si, um espaço colorido!
Luana Barcelos Dantas
sábado, 7 de janeiro de 2012
Tempo
Entregarei a este tempo
Tempo de lembrar teu sorriso
Talvez, eu te veja em breve
Num breve laço
Das almas livres
Uma brevidade eterna
É que o eterno é chão
Luz na escuridão.
Teu olhar é luar
Em pleno sertão.
Entretanto,tiras-me desse mesmo chão
Faz-me cair e rodar feito pião.
E, repentinamente, encontro meu eixo
Já não preciso mais de bússola
Sei, ao olhar o tempo, o caminho
Um dia chegarei
Num breve instante
Num abraço abrigo
Luana Barcelos Dantas
Entregarei a este tempo
Tempo de lembrar teu sorriso
Talvez, eu te veja em breve
Num breve laço
Das almas livres
Uma brevidade eterna
É que o eterno é chão
Luz na escuridão.
Teu olhar é luar
Em pleno sertão.
Entretanto,tiras-me desse mesmo chão
Faz-me cair e rodar feito pião.
E, repentinamente, encontro meu eixo
Já não preciso mais de bússola
Sei, ao olhar o tempo, o caminho
Um dia chegarei
Num breve instante
Num abraço abrigo
Luana Barcelos Dantas
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