Quando era criança e brincava de roda
Quando eu cantarolava cantigas de infância
Quando eu deitava no sol
E minha pele esquentava
Quando eu olhava para as nuvens
Formando dragões
Quando eu olhava as estrelas de binóculos
E identificava o Cruzeiro do Sul
Minha alma era leve
Meu riso era fácil
O tempo roubou minha infância
Descoloriu o meu olhar
Fui procurar em qualquer forma de amor
Um arco-íris para voltar a brilhar
Mas quem não teve o que tive
Não sabe receber
Um gesto, uma flor, um beijo na bochecha
Quem não teve o que tive
Sente-se ameaçado com carinhos
Com dengos, versos e trovas
Só podemos sentir no outro
O que guardamos dentro de nós
Para os meus amigos, dou minha liberdade de ser
Para meus inimigos, a minha ausência
Tenho folhas verdes no meu ventre
Mas aprendi a deixar de ser,
Quando sou inverno
Quando sou deserto
Quando sou enfrentamento
Então agora eu me protejo
Em mim, há um universo
E ele não é fácil de administrar
Tem que ter talento
Tem que saber dançar
Um Rock pesado
Uma canção de ninar
Tem que ter a abertura do aplauso
E ousadia de jamais me enganar
A verdade não se deixa aprisionar
Por isso, toco o berrante
As assombrações passam na frente
Por isso, sou delirante
Ofereço a lucidez de presente!
Luana Barcelos Dantas
Amiga, suas poesias são muito profundas, estou adorando,está valendo vir aqui te visitar, viu?
ResponderExcluirBeijos
Sabrina
"Só podemos sentir no outro
ResponderExcluirO que guardamos dentro de nós"
Perfeito. Esse seu poema me encantou. Até compartilhei no Twitter. Parabéns.
Beijinhos.
Obrigada amiga, que bom!!!
ResponderExcluirAdorei.
ResponderExcluirFlores e
até.