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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Na estação


Na estação


Um dia, eu o senti partir de mim.
Quis morrer.
Percorri desertos.
Meu vazio jorrava sangue.
Eu me perdi.
Por um milagre,
Uma luz se ascendeu,
E voltei a orar.
Pedi a Deus um assento ao seu lado.
E me confortei.
Segui em frente sem direção,
Fui me reinventando,
Tentando outras formas de ser,
Até tornar a revê-lo.
Repentinamente, tudo se refez.
Agora, fico aqui,
Assentada na estação,
Sem saber o horário da sua chegada.
Mas o trem há de apontar no horizonte.
Meus olhos brilharão,
Você colocará os pés no chão,
Meu sorriso ficará escancarado,
Meus braços se abrirão.
E, talvez, uma lágrima caia tonta.
O apertarei até sufocá-lo.
E o verei novamente
Habitar em mim.

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