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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Co-migo



Nesses dias de porém,
Quando a alma abriga aquela doçura
E a gente sente falta da ternura
Que a vida nos concede
Vaga infinita
Alma aflita de conflitos
É que só em meio a dúvidas
Sou resposta
Só em meio a turbulência
Crio asas
Só em meio a correnteza
Tenho força
Só depois que me precipito
Volto chuva e penetro
Só perdida
Viro abrigo
Só depois da partida
Sou começo
Só nas trevas
Encontro minha luz
Só no deserto
Conheço o verdadeiro amor
Só me liberto
Nas mãos de Deus-criador!

Luana Barcelos Dantas

domingo, 14 de outubro de 2012

Uma faísca




Neste recanto manso
Minha alma dorme
Um fonte a se acalmar na lagoa
Rio a desaguar no mar.
Neste sereno, solto,
Da madrugada, sonho
Neste seio, mãe Terra
Vaga infinita claridade acesa
Que se cumpra a missão das tempestades
Dos vulcões que se precipitam
Que explodam os canhões
As bombas e dinamites a derramar sangue
E que tudo perece por um instante
A morte tardia ou breve da jovem
A fome e o deserto calando com noite
Pois a chama da vela ainda que, apenas, faísca
Há de eternizar a vida de quem ama!
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 Luana Barcelos Dantas