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domingo, 25 de novembro de 2012

Um ninho




Todo meu ser está afogado no cansaço
Sempre tive que arar as emoções
Pulverizar sentimentos
Impedir que se alastrasse o pior de mim
O sol amigo das manhãs
Já tarde me tira as energias
Todos ao meu redor se aportaram em mim
E, tantas vezes, não tive âncora
Naveguei a ermo procurando direção
Algumas vezes, eu me assentei no passeio
Com as roupas amarrotadas e pensei:
Tudo perdido.
Outras lutas, obtive certo êxito
Algumas outras  a espera angustiante de solução
Queria ser cercada de pessoas obedientes.
Mas pessoas obedientes devem pensar como nós.
Do contrário, tira-nos o tapete
Ainda mais quando o valor maior é o dinheiro
Afeto é coisa descartável
O que prepondera é máscara de felicidade
Sem ela, o receito de não sermos amados
Sei de todo desprezo
E isso já não é incomodo e nem virou novidade
Cristo também não foi querido por todos
Já não deliro há muito tempo
Nem tenho sonhos
Muito menos ilusões
Cumpro minhas obrigações
Meu coração deve ter se tornado pedra
Deve ser a idade
Os velhos perdem o encanto e o brilho
Não saberei mais furar bolinhas de sabão
Nem me contentarei em andar de pedalinho
Um passo de dança não tem mais sentido
Cansei de voar
Só quero mesmo um ninho, nada mais. 

Luana Barcelos Dantas

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pluma do amor




Hoje acordei para te abraçar
E me deixar esparramada na cama
Um café quente pela manhã
Mais um beijo de vapor
E me entregar mais uma vez
Sem tirar o hálito da boca
Nem pentear os cabelos
Quero-te inteiro
Essas noites são eternas
Uma estrela no teu olhar
Mãos que querem se encontrar
Depois de tanto conflito
Isto é o que vale
Depois de tanto atrito
A cura dos males
Um amor romântico
Talvez, por um dia
Instala-se para a vida toda
Quem saberá?
Só quero sentir mais um instante
Esta segurança dos teus ombros
Este calor da tua boca
Só assim um suspiro perdura!


Luana Barcelos Dantas